segunda-feira, 24 de março de 2008

Sem conhecer derrota com César a jogar a 10


O modelo de jogo criado por Jorge Costa para o Braga assentava num 4x3x3 com um médio defensivo e dois ofensivos, sendo estes interiores, num esquema por onde passaram João Pinto e Frechaut, na direita, Vandinho e Castanheira, na esquerda, com Madrid a ser a escolha preferencial para a posição de trinco, enquanto Brum esperava por uma oportunidade. À oitava jornada, o empate na Naval (1-1) promoveu a saída do treinador e a chegada de Manuel Machado, que não só alterou a forma de jogar da equipa como introduziu uma nova realidade táctica, colocando em prática o 4x2x3x1, fazendo nascer a posição 10 nos hábitos de jogo da equipa arsenalista, numa decisão compreensível atendendo ao facto de possuir, no plantel, criativos como João Pinto ou Jorginho, mas também Jailson, numa ou noutra vez ensaiado a jogar nas costas do homem mais avançado. Contudo, a aposta em Jorginho manteve-se na extrema direita, surgindo a jogar no meio quando foi preciso mudar a forma de jogar da equipa. Mais habituado ao lugar e com maior pulmão que João Pinto, o brasileiro ganhou a corrida que as lesões que afectaram o talentoso antigo internacional português o fizeram perder a partir de Dezembro. Por essa altura, já César Peixoto deixara de ser o defesa-esquerdo para passar a ser médio. Daí até passar a jogar na posição dez foi uma questão de oportunidade, numa aposta que ainda tardou algum tempo mercê de uma teimosa aposta em Vandinho, promovido a "criativo" após a saída de João Pinto. Curiosamente, desde que César Peixoto foi colocado a jogar nessa posição nunca mais o Braga perdeu. O "ensaio" foi feito na Luz e o seu poder de remate abriu alas para os festejos de Zé Manel, seguindo-se apostas diante do Guimarães (e como foi contestado o técnico, quando o tirou para dar lugar a Stélvio Cruz) e no Nacional, conseguindo o Braga uma vitória muito saborosa e com sabor a reviravolta na série negra de resultados. Depois disso, só a lesão na última jornada, frente à Naval, o retirou dessa posição e da equipa.

sábado, 22 de março de 2008

César Peixoto reabilitado


César Peixoto reabilitado

NÃO QUER DESPERDIÇAR 2.ª OPORTUNIDADE DADA POR MANUEL MACHADO


Esteve à beira da ruptura a relação entre César Peixoto e Manuel Machado, na sequência da troca de palavras após o jogo com o Estrela da Amadora. O professor não perdoou o acto “irresponsável” do seu ex-pupilo [pontapeou a bola com o encontro parado e viu o segundo amarelo] nas camadas jovens do Vitória de Guimarães e castigou-o.O esquerdino passou pelo banco de suplentes, mas a lesão de Jorginho acabou por precipitar a sua reintegração no onze. Sem um 10 de raiz para colmatar a ausência do brasileiro, o técnico socorreu-se do conhecimento que possui do seu conterrâneo para lhe atribuir essa pesada função. Agradou no jogo com o Werder Bremen e manteve-se no onze nos quatro encontros que se seguiram para a Liga. Precisamente o período de retoma do conjunto arsenalista.Sentindo a obrigação de agarrar a segunda oportunidade concedida por Machado, César alterou a sua forma de estar em campo. Demonstra mais empenho nas missões defensivas e não tem problemas em recorrer à falta para travar os contra-ataques adversários. Um jogador mais maduro e consciente das necessidades da equipa nesta altura da época. Mais importante que os interesses individuais é o objectivo de chegar à UEFA.

segunda-feira, 17 de março de 2008

BRAGA 3-0 Naval


Um capricho da bola negou-lhe um golo, e uma inesgotável capacidade de inventar o ataque, alheia a qualquer marcação, alimentou a esperança de vitória folgada, confirmada por outros pés.
Com Zé Manel endiabrado - só falhou no remate -, Jailson continuou a crescer à medida que o adversário se perdia em campo, atenuando a falta de pulmão que começava a atacar César Peixoto, um dos melhores elementos em campo.
César rejuvenescidoGANHA FORÇA NA POSIÇÃO "10" (in record)
Aos 81’, segundo Duarte Gomes, César Peixoto cometeu falta sobre Godemeche. A decisão é discutível, mas não tem qualquer influência. Demonstra, isso sim, a postura do polivalente esquerdino. A acabar o jogo, travou uma potencial saída para o ataque do adversário com uma acção de pressão alta.Está diferente e tudo indica que vá terminar a época com nota alta. Depois de uma fase de turbulência, César Peixoto recuperou a confiança do treinador e tem vindo a actuar com profissionalismo na posição “10”.Da possibilidade de figurar num lote de dispensáveis, surge agora um quadro oposto por força de uma atitude que permite ao jogador recuperar a sua credibilidade.